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um pouco de História

um pouco de História

Da ponte pra cá (Racionais Mc’s)

A lua cheia clareia as ruas do Capão,
Acima de nóis só Deus, humilde né não? né não?
Saúde: plin, mulher e muito som,
Vinho branco para todos um advogado bom
Cof,cof, ah, esse frio tá de f…,
Terça feira é ruim de rolê, vou fazer o quê?
Nunca mudou nem nunca mudará
O cheiro de fogueira vai perfumando o ar
Mesmo céu, mesmo cep, no lado sul do mapa,
Sempre ouvindo um rap, para alegrar a rapa
Nas ruas da sul eles me chamam Brown,
Maldito,vagabundo, mente criminal
O que toma uma taça de champanhe também curte
Desbaratinar num tubaína tutti-frutti.
Fanático, melodramático, bon-vivant,
Depósito de mágoa quem  certo é o Saddam,
Playboy bom é chinês, australiano,
Fala feio e mora longe não me chama de mano
“- e aí brother, hey, uhuuul, “..aaaíí,
Três vezes seu sofredor odeio todos vocês

Vem de artes marciais que eu vou de sig sauer,
Quero sua irmã e seu relógio tag heuer
Um conto se pá, dá pra catar,
Ir pra quebrada e gastar antes do galo cantar.
Um triplex para a coroa é o que malandro quer,
Não só desfilar de nike no pé
Vem com a minha cara e o din-din do seu pai,
Mas no rolê com nóis cê não vai
Nóis aqui, vocês lá, cada um no seu lugar.
Entendeu? Se a vida é assim, tem culpa eu?
Se é o crime ou o creme, se não deves não temes,
As perversa se ouriça e os inimigo treme
E a neblina cobre a estrada de Itapecerica…
Sai, Deus é mais, vai morrer para lá zica

Não adianta querer, tem que ser tem que pá,
O mundo é diferente da ponte pra cá
Não adianta querer ser tem que ter para trocar,
O mundo é diferente da ponte pra cá

Outra vez nóis aqui vai vendo,
Lavando o ódio embaixo do sereno
Cada um no seu castelo, cada um na sua função,
Tudo junto, cada qual na sua solidão
Hei, mulher é mata, a Mary Jane impera,
Dilui a ragga e solta na atmosfera
Faz da quebrada o equilíbrio ecológico,
Distingui o Judas só no psicológico
Filosofia de fumaça analise,
E cada favelado é um universo em crise
Quem não quer brilhar, quem não, mostra quem,
Ninguém quer ser coadjuvante de ninguém
Quantos caras bons, no auge se afundaram
Por fama
 tirando dez de havaiana
E quem não quer chegar de Honda preto em banco de couro,
E ter a caminhada escrita em letras de ouro
A mulher mais linda sensual e atraente,
A pele cor da noite, lisa e reluzente
Andar com quem é mais leal e verdadeiro,
Na vida ou na morte o mais nobre guerreiro
O riso da criança mais triste e carente,

Ouro, diamante, relógio e corrente
Ver minha coroa onde eu sempre quis pôr,
De turbante, chofer, uma madame nagô.
Sofrer pra que? Mas se o mundo jaz do maligno,
Morrer como homem e ter um velório digno
Eu nunca tive bicicleta ou vídeo-game,
Agora eu quero o mundo igual cidadão Kane,
Da ponte pra cá antes de tudo é uma escola,
Minha meta é dez, nove e meio nem rola
Meio ponto a ver, hum e morre um,
Meio certo não existe tru, o ditado é comum
Ser humano perfeito, não tem mesmo não,
Procurada viva ou morta a perfeição.
Errare humanus est, grego ou troiano,
Latim, tanto faz pra mim: fi de baiano
Mas se estiver calor, quentão no verão,
Cê quer da um rolê no Capão, daquele jeito,
Mas perde a linha fácil, veste a carapuça,
Esquece estes defeitos no seu jaco de camurça
Jardim Rosana, Três Estrelas e Imbé,
Santa Tereza, Valo Velho e Dom José.
Parque, Chácara, Lídia, Vaz,
Fundão muita treta pra Vinícius de Moraes

Mas não leve a mal tru, cê não entendeu,
Cada um na sua função, o crime é crime e eu sou eu.
Antes de tudo eu quero dizer, pra ser sincero,

Que eu não pago de quebrada mula ou banca forte.
Eu represento a sul, conheço louco na norte. No Quinze olha o que fala, Perus, chicote estrala.
Ridículo é ver os malandrão vândalo, batendo no peito feio e fazendo escândalo.
Deixa ele engordar, deixa se criar bem. Vai fundo, é com nóis, super star, superman, vai…
Palmas para ele digam hey, digam how. Novo personagem pro Chico Anísio show
Mas firmão né, se Deus quer sem problemas. Vermes e leões no mesmo ecossistema.
Cê é cego doidão? Então baixa o farol! Hei hou, cê qué o quê com quem diow?
 marcando, não dá pra ver quem é contra a luz. Um pé de porco ou inimigo que vem de capuz.
Hey truta eu  louco, eu  vendo miragem. Um bradesco bem em frente a favela é viagem
De classe “a” da “TAM” tomando jb. Ou viajar de blazer pro 92 DP
Viajar de gti quebra a banca. Só não pode viajar c’os mão branca.
Senhor guarda meus irmão nesse horizonte cinzento.

Nesse Capão Redondo, frio sem sentimento
Os manos é sofrido e fuma um sem dar guela, é o estilo favela e o respeito por ela.
Os moleque tem instinto e ninguém amarela. Os coxinha cresce zóio na função e gela.

Muito além da cor da pele (texto de Catarina Esteves)

Muito além da cor da pele

 No dia 4 de Novembro o mundo se deparou com uma notícia chocante para uns, e premeditada por outros: havia sido eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América.

 Algumas semanas depois do dia de sua posse na presidência, um cartoon (fig. 1) que circulou pela Internet, foi muito comentado pelo povo americano e acabou virando cartazes nas ruas, traz os seguintes versos: “Rosa Parks sentou para que Martin Luther King pudesse marchar. Martin Luther King marchou para que Obama pudesse correr. Obama corre para que todos possam voar.”

 A frase sugere uma lógica quase que indiscutível na admirável trajetória da luta dos negros pelos seus direitos civis, ao citar a costureira negra que desafiou a legislação racista ao negar seu lugar para um branco num ônibus. O autor criou uma linha do tempo que coloca Rosa Parks como ponto de partida, passa pelo pastor Martin Luther King Jr. e termina no novo presidente dos Estados Unidos da América, mas certamente, este fará um percurso diferente de seus antecessores.

  Barack Hussein Obama considera-se negro, apesar de ser filho de uma mulher branca norte-americana com um homem negro da África. Ele é o resultado de uma formação multinacional e religiosa que inclui a Indonésia, e um pouco de islamismo. Sua histórica vitória realizou o sonho de Martin Luther King Jr., de que um dia as pessoas seriam julgadas pela força de seu caráter, e não pela sua cor de pele.

  A visão de Obama como um negro excepcional, quando na verdade ele é um americano excepcional, é um obstáculo para o desejo dos EUA de abrir caminho na direção do sucesso para um país totalmente democrata. Obama não é o primeiro americano negro com capacidade para ser presidente, ele é o primeiro americano que é negro e teve a oportunidade de provar isso.

  Apesar de que o racismo nos EUA está em um estágio diferente daquele contra o qual lutaram Luther King e muitos outros, sua eleição não indica um futuro pós-racial, mas pode ajudar a iniciar um futuro pós-racista. No que se diz respeito a pós-racial, o que se procura é apagar elementos cruciais da identidade negra; na visão pós-racista, o que se pretende é apagar a opressão baseada no ódio, no medo e no preconceito pela raça negra que as pessoas carregam há muitos anos.

  Por isso não devemos nos seduzir pela idéia de que a presidência de Obama sinalize o fim do racismo, dos movimentos civis, ou da luta pela igualdade entre negros e brancos. Mas pode significar a ressurreição da esperança e a restauração da fé num país que muitas vezes deixou de tratar seus cidadãos negros como parte da nação. Isso faz parte do apelo de Obama como um líder nacional, e não como um líder negro. Ao final das contas, o real milagre pode estar no fato de que a nova presidência consiga persuadir os Estados Unidos da América a reconhecer que mesmo sendo um negro, Barack Obama pode fazer muita coisa boa para o país, se acreditarem nele.

 Catarina Esteves  –  3°MD

Revolução de 1930

Ao se aproximarem as eleições de 1930 as oligarquias mineiras e paulistas se desentenderam.

De acordo com a política de café com leite seria a vez de MG indicar candidato. Mas o presidente Washington Luis insistiu em Julio Prestes, governador de São Paulo.

Os mineiros descontentes apoiaram a oposição composta por Getúlio Vargas com o vice João Pessoa.

Júlio Prestes saiu vencedor através de eleições fraudadas. Um acontecimento inesperado, porém, fez os grupos oposionistas reagirem imediatamnete contra o governo.

Em julho de 1930 João Pessoa foi assassinado por motivações pessoais, mas o acontecimento foi explorado politicamente desencadeando a revolução.

A situação do presidente tornou-se insustentável e assim os chefes militares o destituíram do poder nomeando Getúlio Vargas.